(...)
organizava um caos que eu inventei
uma energia, uma orgia além do eu rígido
era tudo tão óbvio...
a gente se acostuma a se acostumar!
se acostuma a um abraço que não existe
e aceitar o que já tá lá, por aceitar
um amor que já não existe e não está.
livre da fisiologia,
da carne imperfeita, pós-humana
quem vive no abismo sobrevive
os que se acostumam são tristes
quem acredita é louco
num mundo incerto e estranho
o caos sabe o que quer.
suas revelações gritam sempre
escuta quem quer
(...)