
Era no escuro que todos os corpos choravam em silêncio. Ninguém ouvia muito bem, mas todos sabiam que choravam. Ouvia-se os suspirros silenciosos, cada um tinha seu motivo, talvez o mesmo.
E no silêncio escuro, as lágrimas conjuntas molhavam os corpos largados no chão. Enlamecia. Misturava lágrimas e suor com a sujeira. Enlamecia. E do desespero, decepção, desilusão, cansaço, calor, sofrimento que havia na sujeira, nasceu uma flor, uma das mais belas, que só nasce no meio da lama, do caos.