Enquanto tento esperar
apoeira abaixar
a fumaça acalmar
entre meus dedos
minha boca
o cinzeiro
imagino que não espere
não há o que esperar
para você
apenas a cinza a queimar
na sua boca
no seu pescoço
que me seduz
enquanto chama
a queimar entre meus dedos
meu peito
a devorar meus desejos
a tragar outro desconforto
e suspirar meus defeitos
ansiedade que corroe
que não se esconde
nem me responde
por que você?
na sinceridade oculta
em seus olhos flamejam
outro cigarro