Tome o tempo que é preciso
para viver o que lhe é designado.
Saibamos reconhecer o efêmero
o eterno,
e a morte de ambos.
Morra o que tem que morrer,
morra.
Te espero.
por não saber fazer diferente.
espero
Mas tento
tanto que o meu ser mutante
passa a ser mais constante que as estações.
Espero.
Entre as buscas desesperadas
por instabilidade
por mudança
o peito permanece constante e fiel
enquanto o corpo oscila
ora voando ou em maré
Pois não sei fazer diferente.
Corpo de rocha
de terra
tenta nada transparecer
firme e alheio
com pequenas poças de lama
na dura cabeça
vejam
se consumirem chamas azuis
profundo oceano
que chama
mergulhe
mergulhe
mergulhe
afunde
se afogue.
Mas são olhos
e só.
enquanto não vem
não me censure
ou a si.
Quando a hora chegar
MERGULHE
sem a pretensão de voltar.
deixará a água entrar e afundar
sem se mover
relutar.
Não há porque resistir
às nossas próprias escolhas.
Seu corpo será leve e afundará
sem pressa
nunca atingirá o solo.
Espero.
pela hora
que se tornará
parte do mar
de mim.
Não se incomode com minha pressa
esperarei até que o corpo toque ao chão
pois não sei fazer diferente.
Mas se um dia eu souber,
me esqueça.
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