[imagem: Andrei Tarkóvski]
Lambo. As faces. Os brados. O assombro.
O fungo sórdido da omoplata.
Matéria molhada, a tua fronte modelar e eu
Subalterna, percistência dos teus calos
calado.
Ai, que inferno! Enquanto se esquiva entre becos
Em passos sortidos, eu já sou o passado.
Está à frente de todos os teus passos, tropeço
em covas e poros do caminho
que são tão semelhante à tua fronte
sem expressão.
Lambo o presente, pois há só tempo vivo
E vou morrendo. Entre o cair e o recompor
Meu existir ou extinguir passeia
Sobre mim, o ácaro entope os rastro de teus atos
o que me resta: atalho secreto em linha reta.
uooou...
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