domingo, 23 de setembro de 2007

Um quadro raro visto no lusco-fusco do fim da tarde

Aquela sutil tortura vinda do talismã daqueles olhos.
O flerte incansável sobre a morna pele branca. Morna e anestesiante de tão fria a carne, mas tão quente o peito, prensado sobre a mesa, onde ela estava debruçada.
O prazer raro daquela vista era impagável. As curvas ainda mais delineadas naquela situação guardavam uma surpresa aos olhos atentos. De uma forma terna e sensual seu bico arrepiado fugia da camisa entreaberta e completava o quadro.

Seus olhos rapidamente se voltaram pra ele. A mão apoiando a cabeça. Ela sorriu, erguendo suas bochechas e fechando os olhos, restando apenas uma fresta por onde via pouco, mas o suficiente. Via a imagem da certeza. Conformava-se em olhar para a única coisa que sabia que levaria pro resto de sua vida: a lembrança daquela sutil e gostosa tortura, vinda do talismã daqueles olhos que incansavelmente a flertava.

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