segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Tentar Esperar


Enquanto tento esperar
apoeira abaixar
a fumaça acalmar
entre meus dedos
minha boca
o cinzeiro

imagino que não espere
não há o que esperar
para você
apenas a cinza a queimar
na sua boca
no seu pescoço
que me seduz
enquanto chama
a queimar entre meus dedos
meu peito
a devorar meus desejos
a tragar outro desconforto
e suspirar meus defeitos

ansiedade que corroe
que não se esconde
nem me responde
por que você?
na sinceridade oculta
em seus olhos flamejam
outro cigarro

2 comentários:

  1. Olá
    Sempre dou uma voltinha por aqui e fico lendo os seus poemas.
    Lindos, muito bons!

    Abraço,

    Rubén Duarte

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  2. às vezes...
    sua precisão me emudece
    noutras me dispara...

    noutras nem diz... paro!

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