E no escuro do silêncio dos corpos nasceu uma flor. Tão quentes, tão juntos.
A decepção foi pretexto para se tornarem o mesmo: mesmo silêncio, mesmo escuro, mesmo corpo, que havia sido plantado há anos, mas foi só no momento de dor que brotou.
Os corpos iam se entrelaçando e fazendo brotar uma flor, o corpo. Com o calor derretiam e alimentavam a lama e a lama alimentava a flor.
Lótus I e II despertaram mais que uma lembrança:
ResponderExcluira bala de hortelã agita a língua
na lembrança de teus olhos
escondidos atrás de teus sonhos matutinos
o pau amanhecido de batom
descansa longe da vulva
que, titubiante frente à glande,
pariu uma barata imensa
que guardas esmagada entre as coxas
meu peito todo cortado
- ragos de teus seios afiados -
sorri,
rochedo estéreo.
teu sono desperta o sino
e num badalo etéreo
sumo pelo vão fino
teu vão de perna
gênese e apocalipse
prisão eterna
Doce criatura que perscrutas da dor infinda o saber. Uma Lótus, da humana flora, e poderia ser qualquer nome das que as palavras compõem.
ResponderExcluirAlgo exalas do pensar contínuo do teu ser,indefinível ainda.Calo-me na expectativa de um aroma novo, promessa de vida a todos os sentidos do homem.
Filha da lama, muitos olhares se dirigem a quem se dispõem ao encanto, a quem nasceu para encantar
eu conheço esse poema (anônimo 1). Ainda vou me lembrar de onde
ResponderExcluir